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Thirza Reis

  • Foto do escritor: Mulheres Positivas
    Mulheres Positivas
  • há 10 horas
  • 4 min de leitura

Nossa Mulher Positiva é Thirza Reis, psicóloga, escritora e mentora de líderes. Thirza tem se dedicado a transformar a forma como as mulheres lideram, começando de dentro para fora. Autora do livro Basta! Liberte-se da exaustão e da culpa e faça sua vida C.A.B.E.R., ela convida mulheres a romperem com padrões que adoecem, a honrarem seus limites e a construírem uma vida com coragem, presença e leveza. Em sua jornada, Thirza mostra que é possível voar alto sem se esgotar.



1. Como começou a sua carreira?

Minha carreira começou de um jeito bem plural, como costuma ser o caminho de muitas mulheres: fazendo um pouco de tudo, tentando entender qual era o meu lugar. Eu atendia no consultório, fazia mestrado em desenvolvimento humano, estudava e atuava como coaching ontológico, dava aula na universidade e facilitava programas de desenvolvimento em empresas. No meio disso tudo, fui me escutando e também escutando, com atenção, as dores de tantas mulheres. Eram dores que pareciam individuais, mas que, com o tempo, entendi que eram estruturais, culturais, aprendidas.


Aos poucos, fui afunilando meu trabalho, sempre com um pé na clínica e outro no mundo corporativo. Nesse processo de construção, ficou claro para mim que a saúde mental precisava estar no centro da conversa — nas empresas, nas famílias, na vida. E mais: percebi que ter mais mulheres liderando, com verdade e presença, é parte fundamental da solução. Hoje, sigo psicóloga clínica e me tornei mentora de líderes, escritora, palestrante e fundadora de programas de desenvolvimento feminino. Mas tudo começou com escuta. Com um desejo sincero de transformar e de não adoecer no caminho.


2. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

Houve dois momentos que me marcaram profundamente. O primeiro foi quando me separei, com dois filhos muito pequenos: Gael tinha 1 ano e 10 meses e Nolah, apenas 2 meses. Senti o chão abrir. Como autônoma, precisei encontrar forças onde nem sabia que tinha para seguir atendendo, cuidando, sendo mãe e não sucumbir. Tive a sorte de contar com minha família, amigos e uma rede de apoio que foram meu alicerce enquanto eu me reestruturava e reaprendia a respirar com calma.


O segundo foi durante a pandemia. Eu me vi adoecendo justamente por tentar ajudar os outros a não adoecerem. Me tornei refém da culpa, do excesso e da ideia de que precisava estar sempre disponível — para os pacientes, para os filhos, para o mundo. E ainda dar conta de tudo no “home tudo”: trabalho, casa, cuidado, escola, comida, afeto. Sem perceber, fui me afastando de mim. Tive insônia, crises de ansiedade, sensação de que estava falhando. Até entender que o problema não era falta de competência, nem havia nada de errado comigo, era excesso de carga. Foi aí que o Basta! começou a nascer. Com ele, nasceu também a metodologia C.A.B.E.R., como um recomeço mais sincero, mais leve e mais meu.


3. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida profissional/empreendedora?

A verdade é que eu não consigo. Reconheço meus privilégios — ter uma rede de apoio, poder contar com ajuda, babá, profissionais incríveis — e, ainda assim, é puxado. Porque existe uma carga simbólica, prática e estrutural que nos atravessa o tempo todo. Por isso, troquei o verbo. Não busco "equilibrar", eu escolhi Balancear com Presença, como ensino no Basta!. Hoje é claro para mim que esse equilíbrio idealizado que vendem para as mulheres é só mais uma armadilha do perfeccionismo. Para mim, é um movimento contínuo e bastante consciente: balancear, escutar, ajustar. Todos os dias. Com presença, com verdade, com escolhas que fazem sentido naquele momento. Não o que deveria ser, mas o que é possível e real.


4. Qual seu maior sonho?

Meu sonho é ver — e fazer parte — de uma transformação profunda na forma como a gente vive, trabalha, se relaciona. Uma mudança em que a gente não precise mais se esgotar para ser valorizada. Onde sucesso e produtividade não sejam confundidos com sobrecarga, e onde o excesso pare de ser um símbolo de status. Quero um mundo em que mulheres possam se sentir seguras: na vida, nas ruas, nos relacionamentos, nas empresas. Que a gente não precise adoecer para ser ouvida. Que possamos liderar com verdade, liberdade e saúde, sem precisar nos desconectar de quem somos para ocupar um espaço. E mais: quero ver homens e mulheres juntos nessa virada de chave. Saindo de um paradigma de dominação para um de parceria, colaboração e humanidade. Esse é o meu sonho, minha utopia, e também a razão do meu trabalho.


5. Qual sua maior conquista?

Minha maior conquista foi me libertar da crença de que eu precisava dar conta de tudo para ser reconhecida. Ser mãe e me permitir aprender com meus filhos, mas também ensiná-los que sou muitas outras coisas além da maternidade, e que gosto de ser. Conquista para mim é isso: garantir espaços para mim, me permitir ser feliz no trabalho, no descanso, no amor, na solitude e nas conexões, enquanto sou instrumento de vida para outras pessoas. Hoje, ensino isso para outras mulheres, e ver isso se refletindo na vida delas é o que mais me emociona. O Basta! é um marco. Mas minha conquista diária é viver com coerência, mesmo imperfeita. É seguir aprendendo, me reinventando e recomeçando quantas vezes for preciso.


6. Livro, filme e mulher que admira:

Livros: O Convite e A Dança, da Oriah Mountain Dreamer, que são verdadeiros oráculos e colo. Todos os da Brené Brown, especialmente A Coragem de Ser Imperfeito, que abriram portas para uma nova forma de viver. E A ciranda das mulheres sábias, da Clarissa Pinkola Estés — pequeno no tamanho, enorme na potência. Filme: Antônia – Uma Sinfonia, a história real de uma mulher que ousou desejar e sustentar o seu desejo: ser maestrina. É uma história de coragem, beleza e inspiração. Mulher: Brené Brown, pela coragem de nomear o que muitos evitam, transformar pesquisa em conexão e abrir caminhos de verdade, vulnerabilidade e potência para tantas de nós.

 
 

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