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Sheila Nascimento

  • Foto do escritor: Mulheres Positivas
    Mulheres Positivas
  • 18 de set.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 19 de set.

Nossa Mulher Positiva é Sheila Nascimento, especialista em intercâmbios e fundadora da Upper International. Ela compartilha sua trajetória de estudante a empresária global e revela como concilia maternidade, negócios e o propósito de inspirar mulheres a realizarem seus sonhos fora do Brasil. 



1. Como começou a sua carreira?

Sou formada em Contabilidade e sempre atuei na área de auditoria. Em 2012, decidi ir sozinha estudar inglês na Austrália, com o objetivo de ampliar minhas oportunidades profissionais. O plano inicial era estudar por seis meses, mas acabei ficando cinco anos. Além do inglês, também estudei Contabilidade. Em 2017, deixei a Austrália com um marido e uma empresa de intercâmbio.

Tudo começou em 2013, fui convidada a trabalhar na empresa que havia renovado meu visto. Ali aprendi muito e conheci pessoas incríveis, que me fizeram compreender a importância de profissionais qualificados para auxiliar outras pessoas a traçarem melhores estratégias. Em 2015, nasceu a Upper International, na cidade de Melbourne, com o propósito de ajudar quem desejava estudar ou permanecer na Austrália. Foi uma experiência linda atender dezenas de pessoas na nossa sede.

Em 2017, eu e meu marido decidimos nos mudar para a Europa. Fechamos o escritório e, por um momento, pensei que seria o fim, já que não teríamos mais um espaço físico. Mas foi nesse momento que conheci o trabalho remoto. Para minha surpresa, foram os próprios clientes que me mostraram que era possível continuar. Desde então, passamos a auxiliar estudantes, de forma online, a seguirem a melhor estratégia para estudar e viver no exterior. Nesse período, também me certifiquei como consultora especializada em Educação no Exterior, com foco na Austrália e Europa.

Após me tornar mãe, meu desejo de trabalhar com mulheres se fortaleceu. Hoje, meu objetivo é auxiliar mulheres que sonham em viver uma experiência internacional em busca de aprendizado linguístico, imersão cultural e autoconhecimento. Entendi que muitas vezes a mulher carrega o peso das cobranças sociais e acaba deixando seus sonhos de lado ao atingir certa idade. Nosso propósito é mostrar que ela pode, e deve, seguir seus objetivos, independentemente dos rótulos impostos pela sociedade.

Sou mãe da Giulia, uma garotinha linda que, aos cinco anos, já fala quatro idiomas fluentemente. Ela é minha maior inspiração para continuar ajudando mulheres a se desenvolverem em um novo idioma e se abrirem para um mundo de novas culturas e descobertas. Já são centenas de vidas transformadas ao longo desses 10 anos.

2. Como é formatado o modelo de negócios da Upper International?

A Upper International acompanha todo o processo de intercâmbio: desde a escolha do país, escola, acomodação, visto, seguro e tudo o que for necessário para que a experiência seja completa e segura. Nosso grande diferencial é a análise de perfil, que ajuda especialmente mulheres que ainda não sabem qual país escolher. Esse processo considera suas necessidades, sonhos e objetivos, garantindo que o destino certo seja escolhido — e que a experiência seja realmente transformadora.

Hoje, eu sou a face da empresa, mas conto com uma equipe dedicada nos bastidores, que me apoia para que cada detalhe seja conduzido da melhor forma possível.

Outro ponto que nos torna únicos é o acompanhamento personalizado. Não paramos na matrícula ou na chegada ao destino. Estamos presentes no planejamento, no suporte durante os estudos e até nos planos futuros de cada cliente — seja a extensão do intercâmbio ou até mesmo o processo de migração.

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

O momento mais difícil da minha carreira foi durante a pandemia, quando as fronteiras se fecharam e milhares de pessoas viram seus sonhos de estudar no exterior serem interrompidos. Foi um período de incertezas, em que precisei aprender a lidar com a frustração dos estudantes e, ao mesmo tempo, encontrar novas formas de mantê-los motivados.

Outro grande desafio tem sido conviver com empresas que enxergam o intercâmbio apenas como a venda de um curso, sem se importar com o futuro de quem está investindo tempo, dinheiro e expectativas em uma experiência tão transformadora.

Para mim, cada estudante representa uma história única. E é justamente essa responsabilidade — de cuidar de sonhos, trajetórias e escolhas — que guia meu trabalho todos os dias.

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora?

Os desafios de empreender são diários, e equilibrar todas as áreas da vida é um exercício constante. Trabalho com mulheres porque entendo exatamente essa realidade: carregamos o peso da maternidade, da casa, do marido, dos filhos e ainda precisamos dar conta da vida profissional.

Acredito que quando existe parceria, esse peso pode ser dividido. No Brasil, ainda há uma carga muito forte sobre a mulher, mas eu tive a sorte de construir uma família com um parceiro que participa e contribui com o nosso lar. Sou casada com um italiano que me traz equilíbrio: ele cuida da nossa filha e da casa quando eu não consigo estar presente e quando estou dividimos estas tarefas. Esse apoio faz toda a diferença.

Outro ponto essencial para mim é a flexibilidade de horário. Ela me permite estar sempre presente na vida da minha filha, ajustando minha rotina de acordo com as nossas necessidades. Muitas vezes trabalho de madrugada para que, durante o dia, eu possa viver intensamente cada momento ao lado dela. Esse equilíbrio, entre trabalho, maternidade e parceria, é o que me dá forças para seguir empreendendo e ajudando outras mulheres a também realizarem seus sonhos.

5. Qual seu maior sonho? Minha missão é levar minha voz ao maior número possível de mulheres e mostrar a importância de viver uma experiência internacional: aprender outro idioma, se conectar com culturas diferentes, sair da zona de conforto e da bolha em que estamos inseridas.

Ao longo dos anos, percebi a transformação no comportamento das pessoas que viveram essa experiência fora do Brasil. Quando você se afasta do ambiente em que cresceu, seja do trabalho, de casa ou da vizinhança , abre-se para novas pessoas, lugares e situações. Isso faz com que seu nível de consciência se expanda de uma forma que você nunca mais volta a ser a mesma.

Passamos a valorizar outras coisas, a enxergar a vida além do “piloto automático” de terminar a escola, se formar, casar, crescer na carreira, comprar apartamento, ter o carro do ano e filhos. Esse modelo de “sucesso” sempre nos foi imposto, mas não precisa ser o único caminho.

Eu mesma vivi isso. Aos 27 anos, quando decidi ir para a Austrália, ouvi da minha mãe que essa era uma escolha para jovens e que eu deveria, na verdade, casar. Foi nesse momento que percebi o quanto ainda somos condicionadas a seguir padrões, e o quanto é libertador escolher um caminho diferente.

6. Qual sua maior conquista?

Minha maior conquista começou quando decidi sair do Brasil para aprender inglês, mesmo acreditando que eu era incapaz depois de ter estudado três anos sem grandes resultados no Brasil. A vida me mostrou o contrário: hoje, além do inglês, também falo italiano e espanhol.

Muitas vezes duvidamos da nossa própria capacidade porque seguimos o modelo do ambiente em que vivemos, e isso acaba nos limitando. Mas, ao longo da minha trajetória, tive conquistas que vão muito além do idioma: construí minha empresa, formei minha família, realizei o sonho de trazer meus pais pela primeira vez para a Europa, e acompanhei de perto a transformação de clientes que tiveram sucesso no exterior e também no Brasil.

Venho de uma família simples, de classe média baixa, meu pai taxista, minha mãe parou de trabalhar para se dedicar na criação das três filhas. Sou a filha do meio, com duas irmãs maravilhosas, que também seguiram meus passos, a mais nova mora na Austrália com a família e a mais velha no Canadá também com sua família. Olhando para trás, é impossível apontar apenas uma conquista. Sinto-me verdadeiramente abençoada por tudo o que alcancei: pela origem de onde vim e pelo lugar em que estou hoje.

7. Livro, filme e mulher que admira:

Livro: O Diário de Anne Frank, foi uma leitura que me marcou profundamente.

Mulher: Mulheres que admiro: Poderia citar muitas que considero incríveis, como Marie Curie. Mas, atualmente, admiro especialmente duas: Luiza Trajano, além de transformar uma empresa familiar em uma das maiores redes varejistas do país, ela criou o Grupo Mulheres do Brasil, presente em diversos países, inclusive em Barcelona, do qual faço parte. O que mais me inspira nela é sua capacidade de unir mulheres em torno de causas sociais, econômicas e de impacto, sempre com foco na inclusão e transformação da sociedade.

Fabi Saad, está à frente das Mulheres Positivas, acho incrível o movimento que ela faz para empoderar mulheres no Brasil e no mundo. Seu trabalho inspira milhares de mulheres a desenvolverem seu potencial, promovendo colaboração entre as mulheres, o crescimento e a transformação. Mostrando que as mulheres não nasceram para competir e sim para somar.

Filme: A Vida é Bela, uma história que mostra a força do amor e da esperança mesmo em meio às maiores dificuldades



 
 

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