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Gisele Lasserre

  • Foto do escritor: Mulheres Positivas
    Mulheres Positivas
  • há 6 dias
  • 4 min de leitura

Nossa Mulher Positiva é Gisele Lasserre, líder visionária e idealizadora da Tech Girls, iniciativa que transforma lixo eletrônico em oportunidade de capacitação e inserção de mulheres em situação de vulnerabilidade social no mercado de tecnologia. Gisele nos conta como sua experiência de enfrentar barreiras profissionais e emocionais a motivou a construir um legado de empoderamento, capacitando mulheres a reescreverem suas histórias e a encontrarem um ambiente alegre, criativo e provocador que as inspira a um novo despertar, com a visão de um futuro de equidade plena na tecnologia.


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1. Como começou a sua carreira?

Minha jornada profissional começou cedo, aos 12 anos, em atividades administrativas com meu pai em Curitiba. Aos 21, já estava em São Paulo, assumindo a Gerência de Marketing de uma importante empresa de saúde, onde construí a maior parte da minha carreira. Contudo, perto dos 40, enfrentei um desafio inesperado: o etarismo e a rejeição de uma equipe de desenvolvedores que me via como "não técnica". Diante da iminente demissão, decidi transformar a adversidade em oportunidade. Mergulhei em um novo curso superior presencial em Tecnologia da Informação. Essa guinada me levou a pedir demissão, retornar à minha Curitiba natal e me reinventar como programadora de software remota. Na capital paranaense, além de atuar em TI para uma instituição financeira, comecei a dedicar-me a trabalhos sociais, ensinando programação a mulheres da periferia. Foi essa experiência que acendeu a chama e me motivou a fundar a Tech Girls.


2. Como é formatado o modelo de negócios da Tech Girls?

Somos uma instituição sem fins lucrativos com uma missão clara: transformar vidas através da educação em TI para mulheres de baixa renda, oferecendo cursos profissionalizantes totalmente gratuitos. Nossa abordagem é rigorosamente profissional, pautada em Data Analytics e na mensuração de indicadores de impacto socioeconômico e ambiental. Para sustentar essa missão, geramos receita através da logística reversa de resíduos eletrônicos para empresas e captamos recursos via patrocínios de parceiros que buscam talentos qualificados entre nossas formandas, além de editais de fomento público. Assim, criamos um ciclo virtuoso de impacto social e ambiental.


3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

Minha jornada de 40 anos foi marcada por um confronto direto com o etarismo. Mesmo com um currículo robusto em Marketing e Comunicação, o mercado e, ironicamente, minha própria equipe de desenvolvedores, me viam como "não técnica" e desatualizada. Diante da iminente demissão, decidi transformar a adversidade em oportunidade: iniciei uma nova graduação em Tecnologia da Informação. Essa decisão me levou a deixar a empresa, voltar para Curitiba e abraçar a carreira de programadora. Na capital paranaense, além de atuar no setor financeiro, descobri um novo propósito ao ensinar programação a mulheres da periferia, experiência que foi o catalisador para a fundação da Tech Girls.


4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora?

A vida de uma empreendedora social é uma teia complexa onde o profissional e o pessoal se entrelaçam, exigindo um envolvimento familiar fora do comum. Minhas economias, fruto de anos no mundo corporativo, foram o combustível inicial da Tech Girls, um investimento que minha família via com apreensão, temendo pelo meu futuro. A realidade é que, apesar do crescente discurso ESG, a materialização de aportes financeiros para projetos de impacto social ainda é um desafio, tornando o apoio familiar não apenas valioso, mas essencial. Para concretizar o sonho e reduzir custos, a garagem dos meus pais se tornou, por muitos anos, nosso centro de logística para doações de eletrônicos, que eram recuperados e entregues às alunas como prêmio. Meu marido, com sua própria carreira no setor financeiro, dedica seus fins de semana para montar laboratórios e instalar computadores em comunidades carentes por diversas cidades do Brasil. Essa resiliência e o apoio incondicional da minha família são a base da Tech Girls.


5. Qual seu maior sonho?

Almejo um ecossistema tecnológico onde a inclusão feminina seja orgânica e plena, sem a necessidade de programas dedicados à causa "Mulheres & Tecnologia". Que a representatividade seja naturalmente equalitária, especialmente nas posições de liderança em TI.


6. Qual sua maior conquista?

É um privilégio reescrever a história e empoderar mulheres em situações de vulnerabilidade: vítimas de violência doméstica, aquelas em transição de carreira, e até pacientes oncológicas que, com a coragem de quem abraça o presente, encontram em nossos cursos um espaço de alegria, criatividade e provocação para um novo despertar. Para mim, é a forma de transformar o que foi uma barreira profissional e emocional em minha vida em um caminho de superação para outras.


7. Livro, filme e mulher que admira:


Livro: "Mulheres que correm com os Lobos" de Clarissa Estes.


Filme: "Dama de Ferro" (Iron Lady, 2011).


Mulher: Minha admiração vai para Margaret Thatcher. Em 1979, sua ascensão ao cargo de primeira-ministra quebrou uma barreira histórica de gênero, provando que mulheres podiam alcançar os mais altos escalões do poder – algo impensável em muitos países na época. Ela se tornou um ícone global de força e competência feminina, inspirando gerações a buscar a autossuficiência e a liderança por mérito. Sua própria trajetória, de origem modesta ao topo, é um testemunho de sua crença inabalável na meritocracia.

 
 

Sobre Elas: Histórias que Inspiram Mudança

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