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Fabi Saad reforça urgência por equidade no Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

  • Foto do escritor: Mulheres Positivas
    Mulheres Positivas
  • 25 de jul.
  • 5 min de leitura
  • Dados revelam que mulheres negras ocupam só 3% das lideranças e ganham 42% menos que homens brancos

  • Executivas contam histórias de superação e desafios enfrentados no mercado de trabalho


São Paulo, julho de 2025 – No Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, o ecossistema Mulheres Positivas, reforça a urgência de uma conscientização coletiva sobre os desafios enfrentados por mulheres negras, além da importância de garantir espaços de fala, oportunidades de desenvolvimento e o devido reconhecimento às potências que moldam e transformam nossa sociedade.


Criada em 1992, a data é um marco na luta por visibilidade, resistência e protagonismo das mulheres negras nas Américas. No Brasil, também homenageia Tereza de Benguela, símbolo da resistência quilombola, e inspira a campanha Julho das Pretas, movimento que mobiliza ações em prol da equidade racial e de gênero ao longo de todo o mês.


Para Fabi Saad, fundadora do Mulheres Positivas, o dia 25 de julho é um chamado urgente à consciência coletiva. “Essa data é um marco para reconhecermos a importância e o impacto das mulheres negras e caribenhas na construção das nossas sociedades, das nossas economias e das nossas culturas. Ao mesmo tempo, nos convoca à responsabilidade, já que ainda vivemos em uma realidade em que as mulheres negras enfrentam as maiores barreiras, seja em oportunidades de trabalho, seja em acesso à educação, saúde ou reconhecimento. A luta por equidade racial e de gênero precisa ser compromisso diário de toda a sociedade”, afirma.


A iniciativa que fomenta o desenvolvimento pessoal e profissional das mulheres já impactou milhares de brasileiras com mais de 300 cursos e e-books gratuitos, além de mais de 240 mil oportunidades de emprego disponibilizadas pelo aplicativo


Desigualdade estrutural: os dados mostram a urgência

De acordo com a pesquisa Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres negras representam 27,8% da população brasileira. Esse grupo enfrenta os maiores índices de desemprego, baixos salários e informalidade. A renda média das mulheres negras é 42,2% menor do que a dos homens brancos. A taxa de desocupação também é significativamente mais alta, 11,4% entre mulheres negras, contra 6,8% entre homens brancos. No campo da violência, os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que 66% das vítimas de feminicídio em 2022 eram mulheres negras, um retrato alarmante de como o racismo estrutural se manifesta no país.


Essas desigualdades também se refletem no ambiente corporativo. Segundo o Guia de melhores práticas para equidade racial nas empresas, publicado pelo MOVER (Movimento pela Equidade Racial), a presença de lideranças negras no mercado de trabalho representa apenas 9% das posições de diretoria. No caso específico das mulheres negras, esse número é ainda mais crítico, apenas 3% ocupam cargos executivos.


“Celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é fundamental. Essa data honra a força de lideranças como Tereza de Benguela e impulsiona ações concretas em prol da equidade racial e de gênero. No MOVER, nosso trabalho é transformar o ambiente corporativo, ampliando oportunidades para profissionais negros, especialmente mulheres. Embora os dados ainda revelem desigualdades, também indicam avanços recentes que nos inspiram a continuar promovendo iniciativas que fortalecem a autoestima, o letramento racial, o senso de pertencimento e o desenvolvimento de carreira. O caminho é longo, mas o progresso depende de ação contínua e consistente”, afirma Natália Paiva, Diretora Executiva do MOVER.


Histórias que inspiram

Mais do que estatísticas, o 25 de julho é também uma data para celebrar a potência, a resistência e as trajetórias de mulheres negras que transformam o Brasil em múltiplas frentes. 


“O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é um marco de resistência e valorização de histórias muitas vezes invisibilizadas. Como mulher negra criada no subúrbio do Rio, essa data tem um significado profundo para mim. Minha trajetória passou por grandes empresas, mas encontrei no impacto social meu verdadeiro propósito: construir ambientes que garantam pertencimento e valorizem profissionais negros, especialmente mulheres. Não basta empoderar indivíduos; é preciso formar líderes, criar planos de sucessão e desenvolver políticas inclusivas com impacto duradouro. Meu caminho não pode ser exceção. Quero abrir caminhos para que outras mulheres negras ocupem, liderem e transformem espaços. Essa agenda é estratégica e poderosa para impulsionar mudanças sociais. Hoje, faço parte do MOVER, movimento que cria caminhos de representatividade, equidade e pertencimento. O dia 25 de Julho é um marco e já começou a fazer parte das agendas corporativas , porém, mais que uma celebração, essa data reforça a urgência de ampliar a presença de mulheres negras em lideranças”, comenta Luciene Malta, Gerente Sênior de Relações Institucionais e Comunicação no MOVER.


Representatividade importa

Dar visibilidade às trajetórias de mulheres negras em espaços de liderança, finanças, tecnologia e política é parte fundamental do processo de promoção da equidade. A representatividade gera identificação, fortalece a autoestima e impulsiona transformações sociais. 


"Venho de uma família de mulheres negras fortes, por isso o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha tem um significado muito especial para mim. Levar para o mundo o que aprendi em casa é um privilégio, mas também uma missão que carrego com responsabilidade. Atuar no mercado financeiro, um setor historicamente pouco diverso, amplia ainda mais esse desafio. Poder ocupar espaços onde a representatividade não é grande e, mais do que isso, abrir portas para que outras mulheres negras também cheguem é um orgulho enorme. É sobre presença, transformação e construção coletiva de um futuro com mais equidade", conta Natalie Victal, Economista-Chefe da SulAmérica Investimentos.


Ananda Vilela, Doutora em Relações Internacionais e Especialista em Tecnologias Sociais na ONG Gerando Falcões também destaca a importância da data como um marco de resistência, afirmação e construção de novos caminhos. "O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é uma data de resistência, afirmação e construção de novos futuros. Como mulher negra e pesquisadora das relações de poder com foco nas relações raciais, vejo nesse dia uma oportunidade de reforçar o compromisso com a justiça social e a valorização da diversidade, tanto nas estruturas globais quanto nas realidades locais. Na Gerando Falcões, atuou diretamente na construção do Programa Decolagem, uma grande iniciativa de acompanhamento familiar e superação da pobreza nas favelas urbanas no Brasil. Nossa atuação busca justamente isso: transformar realidades, respeitando as diferenças e impulsionando mudanças que gerem impacto verdadeiro".


“Em um país com raízes tão profundas na desigualdade racial, reconhecer e apoiar essas lideranças é uma ação política, social e humanitária”, conclui Fabi, eleita uma das 20 mulheres mais influentes do Brasil em 2022 pela Forbes, que também idealizou o SOS Mulher, uma plataforma desenvolvida em parceria com o governo do Estado de São Paulo.


SOBRE MULHERES POSITIVAS

O Mulheres Positivas é uma plataforma que visa o desenvolvimento pessoal e profissional da mulher através de produtos e serviços digitais. O aplicativo, que pode ser baixado gratuitamente (App Store + Google Play), também está disponível para usuários da Colômbia e do México (Mujeres Positivas através da TelCel, Claro Colômbia e AT&T), na Itália e Dubai como WomenPlus . Nos EUA, o projeto funciona por meio de um site que conecta mulheres e fomenta encontros de negócios. O app Mulheres Positivas no Brasil oferece conteúdos e cursos gratuitos, atendimento psicológico, mentoria para mulheres além de funcionalidades que visam maior segurança, como WhatsApp gratuito para apoio à mulher e mapa colaborativo de segurança (Caminho Delas). Distribuído através da base de clientes da TIM Brasil e disponível para 50 milhões de mulheres brasileiras, conta com mais de 200 empresas parceiras, superando a marca de mais de 500 mil downloads. Os clientes podem utilizar o serviço sem consumo de dados móveis e é o app com o maior número de vagas afirmativas para mulheres da América Latina, oferecendo aproximadamente 230 mil vagas por dia.


 
 

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