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Brunna Farizel

  • Foto do escritor: Mulheres Positivas
    Mulheres Positivas
  • há 2 dias
  • 6 min de leitura

Nossa Mulher Positiva é Brunna Farizel, fundadora da Splash Bebidas Urbanas. Depois de uma carreira consolidada no mercado corporativo, Brunna transformou sua inquietação em ação e decidiu empreender. Hoje, lidera uma rede que democratiza o acesso a produtos de qualidade para diferentes estilos de vida. Para ela, equilíbrio é resultado de gestão de energia e presença real nos momentos que importam.




1. Como começou a sua carreira?

Desde muito nova, eu já tinha um espírito empreendedor, mesmo sem saber o que isso significava. Na escola, eu participava dos grêmios estudantis, organizava gincanas, viagens, eventos... Depois, na faculdade de Comunicação Social, continuei nessa linha: planejava as viagens da turma para congressos, cuidava da logística, cotações, uniformes, fazia tudo acontecer. Sempre gostei de pensar em estratégia, de colocar projetos de pé.


Meu primeiro estágio também foi fruto dessa mentalidade. Eu queria muito trabalhar na afiliada da Rede Globo no Espírito Santo e, mesmo sem ter as habilidades técnicas perfeitas para a primeira vaga, tracei uma estratégia para chegar lá. Acabei sendo chamada para outra função, criada especialmente depois do processo seletivo, por conta da minha atitude.


Depois disso, a trajetória seguiu: montei minha primeira empresa, vivi uma experiência transformadora em Angola durante seis meses, e, ao retornar ao Brasil, conheci o Lucas, meu marido e sócio. Empreendemos juntos, passamos por falhas, quebramos duas empresas, e foi a partir desse aprendizado que nasceu, anos depois, a Splash Bebidas Urbanas. O empreendedorismo sempre fez parte da minha essência. Hoje, olhando para trás, vejo como cada passo foi fundamental para construir a profissional e a empreendedora que eu sou.


2. Como é formatado o modelo de negócios da Splash Bebidas Urbanas?

A Splash Bebidas Urbanas é uma rede de franquias de cafeterias que nasceu para oferecer alimentos e bebidas com sabores bem brasileiros de forma prática, acessível e escalável. Nosso modelo de negócios é baseado em uma operação simplificada: as unidades não precisam de cozinha própria, o que facilita a gestão, reduz custos fixos e garante a padronização dos produtos.


Trabalhamos com alimentos e bebidas prontos ou semiprontos para o consumo, permitindo atender diferentes momentos do dia, seja para quem busca um café da manhã rápido, uma pausa no meio do expediente ou um lanche da tarde. Também oferecemos um modelo de delivery estruturado, o que amplia ainda mais o alcance da operação, principalmente em cidades onde o consumo fora de casa vem crescendo.


Criamos um negócio atrativo tanto para cidades pequenas, que muitas vezes carecem de opções diferenciadas e de qualidade, quanto para grandes metrópoles, onde a vida corrida demanda soluções práticas, rápidas e com boa relação custo-benefício.


Além das unidades tradicionais, também operamos no modelo store-in-store, em que a Splash funciona dentro de estabelecimentos parceiros, como academias, lojas e mercados, aproveitando espaços já existentes para potencializar vendas.


Os franqueados contam com suporte completo, que inclui treinamento, apoio de marketing, operação e desenvolvimento de novos produtos, para que possam tocar seu negócio com autonomia, mas com todo o suporte de uma marca que cresce de forma sólida e estruturada.


3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

Sem dúvida, o momento mais difícil da minha carreira foi quando precisei decidir abrir mão da estabilidade do CLT. Eu já tinha uma trajetória construída, um cargo com status, reconhecimento e fazia algo que gostava muito. Mas, ao mesmo tempo, carregava um incômodo interno, uma vontade de viver algo diferente, de ter mais liberdade e qualidade de vida, principalmente com a chegada da minha primeira filha, a Helena.


Essa decisão veio no momento da gravidez e foi repleta de medo, insegurança e muitas dúvidas. Eu não sabia o que esperar. Empreender novamente, depois de já ter vivido falhas anteriores, era um salto no escuro. Mas, olhando hoje para trás, posso dizer que foi a decisão mais difícil e, ao mesmo tempo, a mais assertiva da minha vida. Se eu não tivesse feito essa escolha lá atrás, talvez tivesse parado na Helena e não teria a família linda que construí, com a chegada também da Sofia e do Enrico. Além disso, vejo realizado no meu dia a dia aquele sonho que parecia tão distante: poder estar mais próxima da minha família, gerir meu tempo e criar algo que carrega meu propósito. 


4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora?

O equilíbrio veio muito com a maturidade e, principalmente, com o entendimento de que ele não é algo fixo, mas sim um alinhamento constante. Depois que tomei a decisão mais difícil, mas também a mais assertiva da minha vida, que foi deixar a estabilidade para empreender, comecei a valorizar de verdade aquilo que me incomodava e a buscar mudanças que me aproximasse de uma vida mais leve e prazerosa.


Entendi que o equilíbrio não está em fazer tudo, mas em gerir a minha energia. Minha agenda está sempre cheia, tanto com compromissos profissionais quanto com a rotina intensa das crianças, mas aprendi a estar 100% presente em cada momento. Quando estou no trabalho, estou inteira no trabalho. Quando estou com meus filhos, estou completamente dedicada a eles. Não tercerizo totalmente essa responsabilidade. Faço questão de acompanhar de perto a vida deles, não só nos fins de semana, mas no dia a dia mesmo.


Essa gestão de energia também se estende ao meu relacionamento com o Lucas. Além de sócios, somos um casal, e cuidamos para que nosso tempo a dois também tenha espaço. Sem essa consciência, a jornada empreendedora, que é intensa e desafiadora, poderia facilmente consumir tudo. Então, para mim, equilíbrio é isso: presença real, foco total em cada momento e respeito ao que é prioridade em cada fase e situação da vida.


5. Qual seu maior sonho?

Tenho muitos sonhos materiais e profissionais, claro, mas quando leio essa pergunta, o que realmente vem do fundo do meu coração é o desejo de ser sempre uma presença querida na vida dos meus filhos. Meu maior sonho é construir, e manter, uma relação de proximidade, amizade, troca e confiança com eles.


Acredito que esse tipo de laço se constrói todos os dias, com escolhas conscientes, com presença real, com entrega. Quero que eles queiram minha presença na vida deles, que me vejam como alguém com quem podem contar de verdade, mesmo nas fases mais desafiadoras, como a adolescência. Sei que as divergências vão acontecer, mas o sonho é esse: ser uma mãe que estará não só no papel, mas na vida deles de maneira ativa, amorosa e respeitosa.


6. Qual sua maior conquista?

Minha maior conquista, sem dúvida, é ter conseguido me olhar com verdade, me entender, reconhecer minhas dores, minhas dificuldades e saber onde preciso colocar mais luz e mais foco. Tudo o que vivo hoje é fruto desse processo interno e contínuo.


Ver a Splash crescendo, tracionando com tanta força em tão pouco tempo, e tudo construído a partir do zero, com capital próprio, muito suor e entrega, é a materialização disso. Mas o que mais me emociona é perceber que hoje eu vivo exatamente o sonho que parecia tão distante anos atrás. Escolhi empreender para ter mais qualidade de vida, ser dona da minha própria agenda e viver momentos de valor com minha família. Hoje, eu olho para trás e vejo que conquistei esse sonho. Acredito que essa seja a maior das bênçãos que Deus poderia me dar: ter a chance de viver o que um dia eu só conseguia imaginar.


7. Livro, filme e mulher que admira.

Um livro que foi muito importante para mim, especialmente na fase de transição de carreira, foi A Arte da Imperfeição, da Brené Brown. Ele me ajudou a equilibrar o medo com a coragem para seguir em frente e me ensinou a importância de acolher nossas vulnerabilidades. Hoje se fala muito sobre isso, mas na época era um tema que causava certo desconforto. Esse livro me fez enxergar a importância de viver a vida com vida, com autenticidade, alegria e aceitação, mesmo nos momentos difíceis, que todos nós inevitavelmente enfrentamos.


Um filme que me marcou muito é Um Sonho de Liberdade. Apesar de se passar em um ambiente de prisão, ele traz reflexões profundas sobre o quanto é fácil se acostumar a estruturas e rotinas, mesmo quando elas nos aprisionam. No empreendedorismo, vejo muito essa analogia: pessoas que passam décadas fazendo a mesma coisa, sem se permitir viver novas possibilidades. É um filme que fala sobre resiliência, esperança e a coragem de reconstruir a própria história.


Sobre mulheres que me inspiram, cito duas grandes brasileiras: Luiza Helena Trajano, que é uma referência em liderança, sensibilidade e força no mundo dos negócios, e Carla Sarni, que tem uma trajetória incrível no segmento de franquias, transformando desafios em oportunidades reais. Ambas são exemplos de trabalho árduo, visão e transformação, inspirações muito próximas e possíveis para nós, mulheres empreendedoras.

 
 

Sobre Elas: Histórias que Inspiram Mudança

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