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Amanda Ferber

  • Foto do escritor: Mulheres Positivas
    Mulheres Positivas
  • 16 de out.
  • 5 min de leitura

Nossa Mulher Positiva é Amanda Ferber, arquiteta, fundadora da plataforma global Architecture Hunter. Amanda nos conta sua trajetória iniciada como estudante de Arquitetura do Mackenzie até o momento atual em que ocupa o cargo de CEO da plataforma, que está presente em mais de 150 países.


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1. Como começou a sua carreira?

A minha carreira começou de forma muito orgânica, ainda na faculdade de arquitetura. Em 2013, criei o Architecture Hunter como um perfil no Instagram para reunir referências arquitetônicas que me inspiravam. O que eu não esperava era que aquele “hobby” de uma pessoa só fosse se transformar em algo tão grande.


Com o tempo, esse projeto foi se desenvolvendo e crescendo, conquistando mais pessoas que compartilham do mesmo propósito. Hoje, somos um time de 16 pessoas, incluindo eu e meus dois sócios, Matheus Gait e Luiz Ferriani. Juntos, formamos uma mídia internacional com uma audiência global pulverizada em todos os continentes — mais de 3,5 milhões de pessoas apaixonadas por arquitetura e design. Desde então, sigo todos os dias trabalhando com curadoria de conteúdo e buscando novas formas de conectar pessoas à arquitetura.


2. Como é formatado o modelo de negócios do Architecture Hunter?

Em essência, o Architecture Hunter é uma curadoria e produtora de conteúdo voltada para arquitetura e design. Nosso modelo de negócios sempre foi majoritariamente B2B, com parcerias com marcas do setor — especialmente de materiais de construção, além de empresas de design, construtoras, incorporadoras e outras do segmento.


Nossa grande especialidade e diferencial são os vídeos arquitetônicos, que produzimos com um olhar curatorial e altamente estético. Mas, além deles, também desenvolvemos uma série de formatos personalizados para marcas: curadoria de talks, viagens arquitetônicas, ativações editoriais e conteúdos proprietários desenvolvidos em conjunto com nossos parceiros.


Em meio aos nossos conteúdos editoriais espontâneos, conseguimos integrar campanhas feitas para marcas de forma orgânica, sempre respeitando a linguagem e a curadoria do AH — o que torna esse conteúdo ainda mais relevante para a nossa audiência. Desde 2024, também passamos a atuar no formato B2C, com o lançamento do Hunter International Forum e do Architecture Hunter Awards — dois projetos proprietários que contam com apoio das principais marcas do setor, mas também com participação direta do público, por meio da venda de ingressos e inscrições. Essa expansão reforça nossa missão de criar pontes — entre marcas e profissionais, e também entre arquitetos e a audiência global que nos acompanha.


3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

Curiosamente, o momento mais difícil foi também aquele que mais impulsionou o crescimento do Architecture Hunter até agora: a entrada dos meus dois sócios. Eu sempre soube que, para crescer de verdade, em algum momento eu precisaria de sócios. Mas foi uma decisão que me causou muito medo. Por muito tempo levei o AH como um projeto super pessoal — de 2013 até 2018 era literalmente algo que eu fazia sozinha, e mesmo entre 2018 e 2020, quando comecei a estruturar melhor as coisas, ainda era tudo muito centralizado em mim. Eu tinha um time muito pequeno e todas as decisões estratégicas passavam por mim.


Isso era bom por um lado, mas também extremamente desgastante e arriscado por outro. Decidir dividir isso com outras pessoas foi um passo enorme — e, apesar de ser algo que eu queria muito, também me tirou da zona de conforto. O AH sempre foi algo que construí com muito cuidado, muito envolvimento — pessoal, até. Era natural que eu tivesse um certo apego.


Chamar outras pessoas para perto era uma decisão estratégica, mas também emocional. Por mais que eu adorasse e confiasse no Matheus e no Luiz, no fim a gente nunca tem 100% de certeza de como tudo vai se desenrolar. Então, sim, deu medo! Mas foi a melhor escolha possível. A entrada deles marcou um verdadeiro ponto de virada na história do Architecture Hunter. Nós três somos extremamente complementares, e poder dividir responsabilidades e estratégias com quem confio profundamente nos permitiu crescer de forma estruturada — com cada um focando no que faz de melhor. Puxamos muito um ao outro para cima.


Nada do que fazemos hoje, e nada do que o AH se tornou, teria acontecido sem o esforço, a visão e a execução dos três juntos. Foi um processo desafiador, mas com certeza, o mais importante da minha trajetória até agora.


4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora?Quem disse que eu consigo? Rs. Se alguém souber como, me conta! Brincadeiras à parte, eu ainda tenho bastante dificuldade com isso. Sou muito envolvida no Architecture Hunter — criamos, inovamos o tempo todo, e isso exige muito de mim. Levo o trabalho a sério e tenho uma conexão emocional forte com tudo que construímos, então é natural que o equilíbrio nem sempre aconteça. Especialmente nessa fase ainda muito jovem da vida! Mas estou cada vez mais consciente disso e tentando melhorar. Ter um parceiro incrível, que é meu noivo e me apoia em tudo, faz toda a diferença. E sempre que posso, tento manter minha saúde e bem-estar como prioridade. Já foi mais difícil — hoje está bem melhor. Mas ainda é um processo em construção.


5. Qual seu maior sonho?

Meu maior sonho é que o Architecture Hunter alcance seu propósito mais profundo: ser uma plataforma que ajuda a transformar arquitetos e urbanistas — porque arquitetos e urbanistas transformam o mundo. Sinto que hoje vivemos uma era com acesso sem precedentes à informação sobre arquitetura, mas, ao mesmo tempo, muitas vezes falta profundidade. Existe um certo distanciamento entre o conteúdo inspiracional e o conteúdo técnico. E nós adoraríamos ajudar a preencher esse vazio — criando pontes reais entre arquitetos do mundo todo, com aprendizados práticos, trocas mais profundas e inspiração que vá além da estética. Esse é o nosso grande objetivo, e tudo que construímos até agora tem caminhado nessa direção.


6. Qual a sua maior conquista?

Minha maior conquista é saber que aquilo que começou como um hobby hoje é algo que impacta a vida de muitas pessoas ao redor do mundo. Seja o AH ajudando alguém a adquirir mais conhecimento sobre arquitetura, se inspirar através de histórias e projetos de diferentes países, ou ainda ganhando visibilidade em um momento decisivo da carreira... Saber que o Architecture Hunter tem esse poder de amplificação é o que mais me realiza. Já recebi mensagens de arquitetos dizendo que uma publicação nossa ajudou a destravar uma oportunidade importante — e isso me emociona de verdade. Às vezes, eu sinto como se a gente fosse a pessoa que posiciona o refletor no palco: os arquitetos são os protagonistas, os atores da cena, e o nosso papel é direcionar a luz para quem está fazendo algo relevante e transformador. Tem muita gente talentosa pelo mundo, e poder dar visibilidade a essas pessoas, com propósito e responsabilidade, é o que mais me orgulha.


7. Livro, filme e mulher que admira:

Livro: Start With Why, do Simon Sinek. Eu sou completamente movida por propósito, por entender o “porquê” das coisas. E esse livro me ajudou a colocar em palavras muitas ideias que eu já acreditava, mas ainda não sabia expressar.


Filme: A Origem. Já perdi a conta de quantas vezes assisti. A construção em camadas, a complexidade, a ideia de percepção dentro da percepção... é quase como visitar uma boa obra de arquitetura: sempre dá para descobrir algo novo. Me fascina.


Mulher que admira: A arquiteta — e minha amiga — Melina Romano. Inclusive, aquela pergunta sobre como equilibrar vida pessoal e profissional deveria ter sido feita para ela, não para mim! A Mel é uma referência real nisso: tem uma família linda, valoriza os momentos em casa, cuida de si, impõe limites com sabedoria... e ao mesmo tempo é uma profissional brilhante, super empreendedora, sempre cheia de ideias incríveis e fora da caixa. Admiro muito não só o trabalho dela, mas a forma como ela vive e encara a vida com leveza e autenticidade.


 
 

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