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Alexandra Borges

  • Foto do escritor: Mulheres Positivas
    Mulheres Positivas
  • há 2 dias
  • 5 min de leitura

Nossa Mulher Positiva é Alexandra Borges, empresária, especialista em vendas, consultoria, treinamentos e palestras motivacionais. Ela também é a criadora do Método M.E.T.A, que transforma equipes em campeões. Alexandra Borges lidera franquias como Casa do Pão de Queijo, Café do Ponto e o Café do Barão. A empresária acabou de lançar sua autobiografia, “Improvável não é impossível – Conheça a jornada de quem transformou obstáculos em resultados extraordinários na área de vendas” (Trend Editora).



1. Como começou a sua carreira?

Conheci o mundo das vendas aos 8 anos. Na época, minha mãe chorava porque não tínhamos dinheiro para comprar uma torneira nova. Então, fui para a rua com uma bacia de coxinhas malfeitas que não tinham formato de coxinha. Eu as chamava de “bolinhas de frango com amor”. Na primeira tentativa, não vendi nada. Mas voltei com uma nova estratégia: contar nossa história. Conectei-me com o coração das pessoas... e vendi tudo, inclusive o pote!


Aos 13 anos, comecei em um trabalho freelance de volta às aulas, pois era muito nova para ser contratada. Quando caiu uma chuva, vi ali uma oportunidade: vesti uma das capas, abri os guarda-chuvas da loja onde trabalhava como balconista e fui para a calçada. Vendi todo o estoque de guarda-chuvas! A dona da loja me efetivou.

Esses episódios me ensinaram que vender não é empurrar produto — é se conectar com necessidades reais. Eu não vendia coxinha ou capa de chuva. Eu oferecia solução, acolhimento, propósito.


Essas experiências moldaram minha visão de vendas: não é sobre o produto, é sobre entender a necessidade do outro e oferecer uma solução com empatia. Foi assim que construí uma carreira em vendas que começou na base e hoje me permite ser empresária, além de atuar como mentora e especialista em equipes de sucesso.


2. Como é formatado o modelo de negócios das franquias da Casa do Pão de Queijo e do Café do Ponto, além do seu negócio Café do Barão?

O empreendedorismo sempre foi um sonho antigo. Eu não podia errar, estava investindo as economias de cinco anos de trabalho duro em Angola. Comecei no segmento de cafeterias com franquias da Casa do Pão de Queijo e do Café do Ponto. Optei pelas franquias porque já vinham com estrutura, processos testados e validados.


Após 10 anos operando franquias, adquiri know-how, consolidei lojas e recebi diversos prêmios de vendas e excelência operacional. Senti-me confiante para expandir e adquirir o Café do Barão.


Nosso diferencial em todas as lojas é simples, porém poderoso: não vendemos só café, proporcionamos experiência, acolhimento e relacionamento. Nossa cultura é “encantar pelo servir”.


Muitos acham que trabalhar em café é apenas tirar um expresso, mas nosso treinamento constante tem um propósito: fazer com que cada colaborador seja um embaixador de afeto. Nos nossos cafés, os atendentes aprendem isso desde o primeiro dia. Cada cliente é tratado com verdade, afeto e consistência. Isso gera fidelização, encantamento e… faturamento!


3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

Foi quando fiquei muito doente. A doença chegou sem aviso, no auge da minha juventude, aos 22 anos, logo após o meu divórcio. Eu já colecionava fracassos e estava começando como vendedora em uma rede de lojas de calçados.


Um dia, enquanto calçava uma cliente, que era médica, ela me perguntou: “Alexandra, você está tratando esse nódulo no pescoço?”. Eu nunca tinha sequer notado.

Trabalhando tanto, cuidando da casa, dos filhos, vivendo com cansaço constante, nem percebia que tinha taquicardia o tempo todo e as pernas extremamente inchadas.

Fui diagnosticada com dois nódulos na tireoide, que comprimiam minhas cordas vocais. Meu metabolismo estava completamente desregulado, com risco de trombose. O tratamento inicial, com 12 comprimidos por dia, não teve efeito. Foi necessário recorrer a uma medicação mais forte, que deixava meu corpo com radioatividade. O resultado: queda intensa de cabelo, ganho de peso e autoestima no chão.


Mesmo assim, continuei trabalhando com o público. Foi um período de dor física e emocional, mas também de profundo aprendizado. Naquela pausa forçada, compreendi que a vida era frágil demais para ser vivida sem um “porquê” forte. O meu “porquê” e “por quem” eram meus dois filhos: Thereza, com 3 anos, e Jean, com 2 — eles dependiam de mim.


Foi uma das fases mais difíceis da minha vida pessoal e profissional. No início da carreira, sem dinheiro sequer para os medicamentos. Aprendi que, quando estamos no fundo do poço, não há mais para onde descer. A única saída é subir. E quando temos um propósito maior, somos capazes do impossível.


4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora?Falar em equilíbrio entre vida pessoal e profissional é algo bonito na teoria. Seria o mundo ideal. Mas, para mim, por mais que eu baixe aplicativos de planejamento diário, leia livros sobre gestão do tempo e me esforce para aplicar ferramentas, ainda é um desafio constante.


Confesso que não encontrei esse equilíbrio pleno. E, embora eu me cobre muito por isso, porque entendo que tempo de qualidade é um ativo valioso, estou aprendendo a lidar com essa busca. Tento não perder a leveza e aceitar que está tudo bem, às vezes, não dar conta de tudo.


O que tenho aprendido e praticado é algo mais valioso que “tempo”: é a presença real. Estar verdadeiramente presente em cada momento. Quando estou com minha família, estou inteira com eles. Quando estou na empresa, me entrego 100%. É no “aqui e agora” que busco meu equilíbrio, e isso tem me feito mais humana, mais consciente e menos culpada.


5. Qual é o seu maior sonho?

Meu maior sonho sempre foi escrever um livro para homenagear minha mãe adotiva, Sebastiana. Uma grande mulher que, mesmo já tendo nove filhos e sustentando a casa lavando roupas para fora, me resgatou de um lixão e me acolheu como filha quando eu tinha apenas 1 ano e 10 meses. Ela me deu amor, dignidade e identidade.


Comecei a escrever com esse intuito, mas no meio da escrita, “caiu a ficha” de que minha história poderia oferecer muito mais. Assim nasceu o livro Improvável Não É Impossível, uma obra que traz transformação, insights e método. É uma ponte de esperança para improváveis como eu.


Durante muito tempo, acreditei que o sucesso não era para mim. Escrever me revelou que não era sobre mim, era sobre mostrar a outras mulheres que também vieram da escassez que é possível transformar dor em força, medo em coragem e sonhos em realidade. Todas nós podemos vencer.


6. Qual é a sua maior conquista?

Minha maior conquista é, sem dúvida, a família que construí. Meus dois filhos são médicos, profissionais éticos e pessoas do bem. Não repeti o ciclo de abandono do qual fui resgatada e honrei a oportunidade que Deus me deu por meio da minha família adotiva.


Sempre acreditei que a melhor forma de honrá-los seria vencendo na vida. Apesar dos muitos “nãos” que recebi, mantenho um coração grato. Tenho orgulho de gerar empregos, desenvolver profissionais e transformar vidas por meio do meu trabalho. Servir, inspirar e impactar é, para mim, uma conquista que aquece o coração.


7. Livro, filme e mulher que admira:

Livros: Uma Vida com Propósitos – Rick Warren: O livro nos convida a refletir sobre o propósito da nossa existência e a viver em conformidade com os planos de Deus, encontrando significado e satisfação em servir aos outros.


A Coragem de Ser Imperfeito – Brené Brown: Me ensinou que vulnerabilidade não é fraqueza, é força. E que ser autêntica é o caminho para viver com mais verdade.


Filme: À Procura da Felicidade: Esse filme traz lições profundas. Mostra que, antes de dar certo, muitas coisas vão dar errado. Ensina a não desistir dos sonhos, a acreditar no potencial, a importância da família, de ter um propósito e de transformar desafios em oportunidades. Uma verdadeira aula de resiliência e fé.


Mulher que admiro: Admiro profundamente Indra Nooyi. Sua liderança com foco em propósito, escuta ativa, valorização das pessoas e construção de um ambiente positivo me inspira. Ela representa exatamente o tipo de gestão humana e transformadora em que acredito.

 
 

Sobre Elas: Histórias que Inspiram Mudança

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