top of page

Mais Recentes !

Luiza Tabet

Nossa Mulher Positiva é Luiza Tabet, produtora cultural, publicitária e atriz. Luiza nos conta como iniciou sua carreira no mercado artístico e fala das dificuldades enfrentadas ao ingressar nesse meio sendo uma mulher. 

 



1. Como começou a sua carreira? 

Minha carreira se deu a partir do momento em que entendi que o que me motivava era contar histórias em cima de um palco. O teatro, salas de ensaio e coxias sempre fizeram parte da minha vida desde muito nova, por incentivo, principalmente, da minha mãe. E esse universo sempre me encantou. Ingressei na faculdade de artes cênicas no período da noite, mas sempre escutava que artistas no Brasil tinham que ter o plano B. Então, no período da manhã cursava publicidade e propaganda na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). 


No meu período de estágio pela graduação da ESPM, trabalhei por 2 anos no mercado financeiro com produtos de investimentos e câmbio no Banco Safra. Durante esse período mergulhei de cabeça nessa oportunidade que havia conquistado e acabei deixando um pouco de lado os projetos artísticos. Foram dois anos em que me dediquei a diversos cursos de administração de empresas, gestão de equipes e investimentos, sem saber que toda essa experiência iria me ajudar muito futuramente. 


Esse período imersa no mundo corporativo me trouxe muitos ensinamentos e muitas novas vontades, como por exemplo, empreender naquilo que de fato eu acreditava. De forma muito corajosa e pensando hoje, até um pouco ingênua, finalizei meus trabalhos no banco e me propus a me arriscar a empreender no mercado artístico. 


Tive minha primeira experiência profissional como produtora da Marcenaria de Cultura, produtora responsável por eventos como: Prêmio Bibi Ferreira, Festival Paulista de Teatro Musical, Espetáculo Musical “Kafka e a Boneca” realizado pelo SESI-SP, etc. E com todo o aprendizado que havia adquirido nesses anos de experiência, fui percebendo que a vontade de realizar algo autoral e original não estava tão distante assim. 


Início de 2024 abri minha produtora – Luiza Tabet Produções, com a estreia do espetáculo “Fractal – Teatro Labirinto para Reconectar o Feminino”, com o intuito de viabilizar trabalhos culturais no Estado de São Paulo e fomentar projetos originais feito por mulheres com o objetivo de valorizar a identidade brasileira, sempre ofertando produtos culturais de qualidade e acessíveis financeiramente para adultos, jovens e crianças. 

 

2. Como é formatado o modelo de negócios da Luiza Tabet Produções? 

O modelo de negócios da Luiza Tabet Produções é construído em torno da criação da experiência completa do nosso público. Como trabalhar a temática do que está sendo falado no palco para além dele? Pensamos na jornada completa. O projeto “Fractal – Teatro Labirinto” está sendo uma grande aposta para implementar esse modelo de negócio. Para além do palco, trabalhamos com mais de 15 marcas, de mulheres empreendedoras, atuantes em vários nichos de mercado, que divulgam seus produtos no foyer do teatro. Além de incentivar sempre a criação de obras artísticas originais, e principalmente criadas por mulheres, atuamos também como parceiros estratégicos, oferecendo soluções personalizadas para cada ideia que chega até nós.  

 

 

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? 

Eu costumo dizer que estar no mercado artístico de forma ativa já é um desafio por si só. Mas houve o momento em que percebi, como artista, a necessidade de me autoproduzir. As vezes a gente cria a ideia na nossa cabeça de que temos que esperar alguém chegar na nossa vida para desenvolver nossas ideias e fazer tudo acontecer. Mas na verdade, se você não der o primeiro passo, dificilmente a ideia será tirada do papel, ou em alguns casos, a ideia deixará de ser sua. Então, apesar dos medos e inseguranças, decidi dar o primeiro passo e idealizar o meu primeiro projeto original “Fractal – Teatro Labirinto”, responsável também por inaugurar os trabalhos da minha produtora. 


Nesse momento inicial haviam muitas brechas para chamarmos de dificuldades, como por exemplo, ser um projeto independente, que significa que não contamos com nenhuma lei de incentivo a cultura, ou o fato de trabalharmos com 40 mulheres completamente diferentes em diversos aspectos, ou os julgamentos que sempre chegam de todos os lados quando uma mulher e jovem decide empreender e tirar algo do papel. 

Apesar de todas essas “brechas” que as vezes colocamos como dificuldades, posso dizer que o momento mais desafiador também foi o momento mais bonito. Depois de 9 meses de trabalho, me vi na estreia da peça a frente de uma equipe de mais de 40 mulheres, que acreditaram na minha ideia e trabalharam arduamente para tudo isso acontecer. E o desafio é exatamente esse. É um desafio diário, de manter a “experiência” desse espetáculo sempre na sua máxima potência e qualidade, para honrar o esforço de todas elas e todas que ainda virão. 

 

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? 

Para ser sincera ainda tenho dificuldade de equilibrar esses dois lados, principalmente no empreendedorismo, onde as demandas não respeitam os horários comerciais. Hoje eu trabalho com arte, que por muito tempo foi um hobbie pra mim. Então, a minha semana costuma ser trabalhando no teatro com sessões, muitas vezes de quarta a domingo, e nos meus dias livres, costumo consumir mais peças, dessa vez, como público. É o que eu realmente amo fazer, e é uma forma de me manter sempre ativa a tudo que está rolando no mercado. Mas sabendo dessa rotina intensa que esse mercado e profissão exigem, tento sempre priorizar a minha saúde mental, e principalmente, saber o meu limite e os momentos que preciso diminuir o ritmo. 

  

 5. Qual seu maior sonho? 

Meu maior sonho é levar para os palcos cada vez mais histórias que eu acredito que devam ser contadas, principalmente originais, e incentivar sempre o espaço para que mulheres ocupem suas cadeiras. Hoje nos surpreendemos quando vimos uma produção 100% feminina, mas procuro trabalhar para que isso seja algo normal amanhã, e que possamos ocupar nossas cadeiras sem termos nossas habilidades questionadas.   

 

  

 6. Qual sua maior conquista? 

Acredito que a minha maior conquista até agora, apesar dos medos e inseguranças, foi a realização do projeto “Fractal – Teatro Labirinto” da forma que ele se deu. Gerir uma produção 100% feminina, composta por mais de 40 mulheres, e um projeto que nasce de forma independente, é algo muito significativo. Sou grata a cada mulher que depositou toda sua confiança nessa ideia, que foi apresentada de forma muito embrionária, e nove meses depois podermos fazer essa colheita de todo o reconhecimento que o projeto gerou. É um privilégio podermos trabalhar com aquilo que amamos e acreditamos.   

  

  

7. Livro, filme e mulher que admira (não pode ser a mãe). 

  

Livro: “Mulheres Que Correm com Os Lobos” – Clarissa Pinkola Estés 

  

Tenho muitas mulheres que levo como inspiração pra mim. Joana D’arc, Anita Garibaldi, Nísia Floresta, Maria Quitéria. A lista é grande. Foram muitas que abriram caminhos e são inspiração até hoje para tantas de nós. São sinônimos de força, resiliência e inteligência.  

 

 

Sobre Elas: Histórias que Inspiram Mudança

FALE CONOSCO

Siga o Mulheres Positivas

  • Instagram
  • Facebook
  • LinkedIn

ONDE ESTAMOS 

Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, 1.645. São Paulo - SP

2024 Mulheres Positivas LTDA.
Todos os direitos reservados

SEJA PARCEIRO

Junte-se ao movimento Mulheres Positivas como uma empresa signatária e abrace a jornada para fortalecer todas as mulheres.

 

Vamos transformar juntos!

bottom of page