Eliana Couto

Nossa Mulher Positiva é Eliana Couto, empresária visionária, esposa e mulher de fé, que transformou desafios pessoais em combustível para o sucesso. Com coragem e determinação, Eliana rompeu padrões, superou obstáculos e construiu uma trajetória sólida no mundo dos negócios. Hoje, é referência em liderança feminina e inspiração para outras mulheres que desejam empreender com propósito, identidade e autenticidade.

1. Como começou a sua carreira?

Minha carreira começou muito antes de eu ter uma loja ou um CNPJ... Começou lá atrás, ainda menina, quando precisei amadurecer cedo, ajudar em casa e entender, na prática, o valor do trabalho.

Fui balconista por quase duas décadas — 18 anos atendendo gente, ouvindo histórias e aprendendo o que é vender com alma.

Mas o que ninguém via é que, por trás daquele balcão, eu estava silenciosamente aprendendo a construir algo maior do que um emprego: eu estava formando minha essência como empreendedora, investidora e mulher escolhida para prosperar.

Foi assim, com coragem, obediência e muita fé, que transformei R$ 70 mil na semente da minha rede de lojas. E tudo isso é só o começo...

2. Como funciona o seu modelo de negócios?

O meu modelo de negócio é muito mais do que vender produtos: é vender experiências e valores.

Hoje, tenho uma rede de lojas físicas no segmento de cama, mesa, banho e tecidos, estruturada para atender do básico ao sofisticado, sempre com proximidade, atendimento de excelência e um relacionamento real com o cliente.

Mas o que me diferencia é que eu nunca parei no físico: entendi que, para prosperar de verdade, era preciso diversificar. Então, trouxe a importação como braço estratégico do negócio — garantindo qualidade, preço competitivo e independência de grandes fornecedores.

Além disso, estou estruturando o digital para ensinar outras pessoas a prosperarem também: como importar, como vender on-line, como transformar conhecimento em lucro.

Na prática, meu modelo é um tripé: varejo físico, importação e educação digital.

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

O momento mais difícil da minha carreira foi quando precisei decidir se continuava sendo funcionária ou se assumia o risco de virar dona — mesmo sem ter todos os recursos, sem ter estudo formal, sem garantia de nada.

Eu estava há quase 18 anos como balconista, trabalhando em uma empresa que eu amava, aprendendo tudo o que podia. Meu ex-patrão, que foi uma ponte incrível na minha vida, me ofereceu a oportunidade de assumir. E eu não tinha reserva, não tinha crédito fácil... Só tinha uma coisa: a certeza de que Deus estava comigo.

Naquele momento, tive que fazer o impossível: assumir dívidas, colocar a casa em ordem, aprender tudo sozinha, renunciar ao medo de fracassar, enfrentar rejeições e até bloqueios internos que me faziam não me sentir merecedora.

Foi a decisão mais dura, mas também a que mais me fez crescer. Porque foi aí que eu entendi que toda crise pode virar oportunidade para quem decide permanecer obediente.

E é por isso que hoje eu prospero: porque eu não fugi da dor — eu usei a dor como combustível para fazer dar certo.

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora?Aprendi, com o tempo, que prosperidade não é só faturar: é ter paz em casa, saúde emocional e tempo para viver.

Durante quase duas décadas atrás de um balcão, eu negligenciei minha vida pessoal tentando dar conta de tudo. Mas entendi que eu sou meu maior projeto: se eu não estiver bem, nada prospera.

Hoje, busco equilíbrio honrando minha família, separando tempo de qualidade, sabendo a hora de abrir e fechar a loja. Mais do que empreendedora, eu sou filha de Deus — e é desse lugar que tudo flui.

5. Qual o seu maior sonho?

Meu maior sonho é ver outras pessoas prosperando através da minha história. Quero que cada mulher, cada menina, cada balconista, cada sacoleira que hoje se acha pequena entenda que, dentro dela, já existe tudo o que ela precisa para crescer.

O meu sonho é ver essa rede de lojas se multiplicar, continuar importando, criando marcas, expandindo... Mas, mais do que isso, é ensinar o caminho, abrir portas para que outras pessoas tenham coragem de romper os bloqueios que eu precisei romper.

Quero que o meu livro, minha voz, minha jornada — tudo isso — seja um mover de destrave. E eu sei que isso não é só meu: é um chamado.

Por isso, meu maior sonho é simples e profundo: que a minha história não morra comigo, mas cure, levante e transborde vidas enquanto eu viver — e até depois.

6. Qual sua maior conquista?

Minha maior conquista não é só o dinheiro ou as lojas que eu abri. É olhar para trás e ver que uma menina balconista, que se sentia pequena, hoje governa o próprio negócio e cria empregos.

Minha maior conquista é ter virado a chave dentro de mim: de funcionária para dona, de limitada para ilimitada.

É ver meu propósito sendo cumprido — porque eu sei que cada história que eu conto, cada código que eu libero, é uma semente que vai prosperar na vida de alguém.

E é ver minha família comigo nessa caminhada: meu esposo, nossos colaboradores — todos prosperando juntos.

Para mim, isso é muito maior do que o faturamento: é saber que tudo isso vai continuar frutificando mesmo depois que eu partir.

Essa é a minha maior conquista!

7. Livro, filme e mulher que admira:

Livros: A Bíblia e O Poder da Autorresponsabilidade, do Paulo Vieira — minhas maiores fontes de sabedoria, direção e virada de chave.

Filme: À Procura da Felicidade — uma história que me representa: esforço, fé e decisão.

Mulher: Anna Telles — superou abusos e a miséria, e hoje é referência de superação e propósito.