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Dina Barile

  • Foto do escritor: Mulheres Positivas
    Mulheres Positivas
  • 1 de jul.
  • 4 min de leitura

Nossa Mulher Positiva é Dina Barile, primeira e única mulher brasileira a alcançar a estratosfera. Já conheceu 158 países e todos os continentes. Sua jornada a leva a desbravar o mundo em busca de experiências que harmonizam cultura, bem-estar e propósito, sempre com um olhar atento à sustentabilidade e ao universo feminino.

Reconhecida pela Jethro Internacional com a Chancela de Diplomacia Civil e Humanitária – Chaplaincy, Dina atua como Embaixadora Civil. Sua missão é promover processos transformadores nas diversas esferas de sua atuação, guiada por uma visão humanitária, empatia e escuta ativa.



1. Dina, você esteve recentemente no vulcão Blue Fire — na mesma região do Anel de Fogo da Indonésia, próxima ao local onde a brasileira Juliana sofreu um acidente fatal. Como foi pra você estar num lugar tão desafiador e agora saber desse acontecimento?

Quando eu iniciei a subida ao vulcão “BLUE FIRE”, me disseram que na semana anterior havia acontecido a morte de uma turista chinesa, que tropeçou no alto do desfiladeiro, caiu e teve morte imediata, o que já me deixou bastante triste. Mas depois, ao saber da morte de outra conterrânea, fiquei ainda mais abalada, ainda mais porque achei que não houve a orientação correta para que a Juliana fosse preparada para tal desafio.

 

2. Quais foram os maiores perigos que você identificou durante sua jornada até o Blue Fire? Você acredita que esses riscos são muitas vezes subestimados pelos viajantes?

Os perigos foram os desfiladeiros dos 2 lados, e com o terreno muito pedregoso e arenoso, que me fazia escorregar o tempo todo. Muitas vezes, eu tive que ser levada pela mão do guia, que estava com a responsabilidade sobre mim e minha amiga. Nós sabíamos que seria uma trilha bem cansativa, e que deveríamos usar máscara para proteção contra os gases de enxofre, mas não imaginamos que seria tão mal demarcada e tão escorregadia.

 

3. Considerando o que aconteceu com Juliana, você acredita que falta orientação local ou suporte adequado para turistas que tentam fazer esse tipo de expedição?

Com certeza, já que o frio durante o trajeto é intenso, e a Juliana sequer tinha agasalho adequado. É inimaginável o frio pelo qual ela passou. Na base, onde todos se reúnem para iniciar a escalada, programada para às duas da manhã, até tem aluguel de casacos, luvas etc, mas ninguém comenta a respeito e nem oferecem. Nós tivemos sorte com nosso guia Wayan Susapta, @susapta que nos orientou de forma adequada.


4. Após essa tragédia, você enxerga sua própria experiência no vulcão de forma diferente? Como isso ressoa emocionalmente pra você?

Bem antes da tragédia, no fim da nossa experiência, eu já vi de forma diferente o que havia ocorrido, já que eu havia programado que, caso não conseguisse ver as lavas azuis, naquela madrugada, eu voltaria na noite seguinte. A minha amiga disse que não voltaria de forma alguma, que eu iria sozinha. E eu dei graças a Deus que conseguimos ver o vulcão e as lavas azuis, para não ter que repetir a desgastante experiência.

 

5. Com sua vivência em 158 países e tantos ambientes extremos, o que você aprendeu sobre como avaliar os riscos de uma aventura?

Antes de decidir fazer qualquer excursão ou aventura mais difícil eu converso muito com várias agências e guias e, depois decido por aquele que me passa mais confiança e, que me transmite mais segurança. Nunca decido pelo menor preço ou pelo guia mais confiante, que faz tudo parecer fácil. Eu preciso ter certeza que estou decidindo por aquele mais responsável e que me passou, com clareza, os riscos e problemas que posso enfrentar.

 


6. A morte de Juliana trouxe um alerta para o turismo de aventura. Que mensagem você deixaria para quem busca esse tipo de experiência, especialmente mulheres?

A mensagem é tomar os cuidados relatados no item 5 e, especialmente para as mulheres, verificar o quanto a agência ou guia te trata com respeito e o quanto de cuidado eles mostram que tem com você. Nada de guias alegres e confiantes demais. Essa atitude só mostra que os guias não respeitam a natureza. Mesmo que você esteja preparada e com todos os equipamentos de segurança, se a natureza estiver desfavorável no dia, não adianta forçar. A natureza deve ser respeitada acima de tudo. Ela dita o que pode ou não ser feito.

 

7. Que sentimento você carrega após saber que esteve em um dos cenários mais fascinantes e perigosos do planeta — e que agora está ligado à perda de outras turistas e relacionado com a morte de uma compatriota?

Uma tristeza muito grande e uma sensação de impotência, por saber que as últimas mortes de que tivemos conhecimento, foram de 2 mulheres, que talvez não tenham recebido a atenção necessária e suficiente para evitarem um acidente fatal.

 

8. Livro, filme e mulher que admira (não pode ser a mãe)


Filme: “O Carteiro e o Poeta” retrata a amizade entre Mário, um carteiro na Ilha Negra e o poeta Pablo Neruda. Mário era o responsável por levar a correspondência a Pablo Neruda, o poeta exilado na ilha, e com essa amizade Mário aprende, através da metáfora,  a ver baleza em cada pequeno detalhe da natureza.


Mulher que admiro: Amelia Mary Earhart  que foi pioneira da aviação dos Estados Unidos, autora e defensora dos direitos das mulheres.Recebeu uma condecoração por ter sido a primeira mulher a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico.Estabeleceu diversos outros recordes, escreveu livros sobre suas experiências de voo, e foi essencial na formação de organizações para mulheres que desejavam pilotar. Infelizmente, Amelia desapareceu no Oceano Pacífico, perto da Ilha Howland enquanto tentava realizar um voo ao redor do globo em 1937.


 
 

Sobre Elas: Histórias que Inspiram Mudança

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